quinta-feira, 12 de abril de 2012

Palavras...

Não há nada que me consiga separar delas, nada que me consiga fazer sentir tão bem como eu me sinto por entre elas. As palavras, de todos os tamanhos, de tamanhos significados...Não há nada tão real como elas o são. Com tão pouco consegues fazer-te sentir bem, consegues expressar-te, consegues navegar por entre as diversas letras que tu próprio te proporcionas. É tão fácil escrever meia dúzia de frases e tornares-te tão grande.   Eu apenas sei que há tantas coisas que eu poderia tentar explicar, com todas as letras, palavras e frases possíveis, mas não passaria disso mesmo, de uma pura e inocente tentativa. Queria tanto que toda a gente desse tanto significado ás palavras, tal e qual como elas são, porque há tanta gente que não as sabe usar. Usa-as no tempo errado, no momento não oportuno e com a pessoa errada. Tão fácil que é dizer tudo o que nos vai na cabeça, difícil é expor o que nos vai no coração e na alma, tão fácil é usar as palavras  em vão, mesmo quando no fim, tragam más consequências...é fácil e o que é fácil faz-se com duas pernas ás costas. Mas o que eu quero não se escreve, não se faz nem se dita...é apenas um querer de uma miúda sem qualquer importância ainda, um desabafo, uma mágoa talvez. Deu-me para isto hoje, desculpem pequenos grandes leitores, mas há dias assim....uma pessoa tende em esconder o que pensa, o que precisa de dizer e acaba por arranjar meios por onde expor essa grande mágoa, dor e angustia. Porque foi isso que me levou hoje a pensar que já nada faz sentido na boca da maioria dessas pessoas....porque é que nos iludem com frases feitas? porque é que a maioria das pessoas diz o que quer, quando quer apenas em vão? fartei-me destas perguntas estúpidas vindas da cabeça de outra igual talvez....fartei-me de tentar ser forte e suportar todas as desilusões, mas nem sempre é fácil....Tendes em cair sempre nos mesmo erros, quando gostas...erros inquebráveis, como gelo, pedra....tentas seguir em frente sem olhar para trás e acabas sempre por espreitar, nem que seja para ver se alguém vem a seguir os teus passos....mais uma vez desiludes-te e esta dor constante torna-se numa rotina, aprendes a viver assim...Ai dramas de adolescente, 16 anos de pura inocência, sou caloira na vida, ensina-me a viver...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Explosão de emoções parte II

Ontem acordei e não sentia absolutamente nada, como se alguém tivesse arrancado tudo o que restava de sentimentos dentro de mim. Foram passando as horas e parecia que tudo à minha volta se resumia a nada, a um vazio. Algo estava estranho, não era eu, não eras tu, era a minha cabeça. O corpo estava lá, a alma também, faltava qualquer coisa, qualquer coisa que preenchia o  vazio que tinha nascido naquele preciso dia. O dia passou e tudo ficou igual, como se fosse natural tudo aquilo que eu não estava a sentir. Hoje foi diferente, acordei com tudo aquilo que ontem se perdeu nas memórias, era mais um dia estranho, o que é que se passava com a minha cabeça?! Seria eu, serias tu? estava tudo a andar ao contrário de mim, num dia um vazio no outro um preenchimento enorme, algo maior que eu, uma alma estranha...Todas as emoções decidiram vir ter comigo, todas as inseguranças, os medos, as memórias, recordações estavam presentes em mim, noutra forma inatingível. Eu só queria perceber o que se passava comigo, quem era eu, quem era a alma que estava dentro do meu corpo e porquê, porquê que me estava a sentir tão incompleta, tão insegura e tão desconfortável comigo mesma. A razão perdeu-se, a esperança teve um fim e o amor perdeu qualquer tipo de significado que tinha dentro de mim. "amor: Afeição profunda a outrem, a ponto de estabelecer um vínculo afectivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício. "  Tendo lido isto, continuo sem perceber se a explosão de emoções era isso, amor ou se simplesmente, não era nada.  Até que "nada: ausência, quer absoluta, quer relativa, do ser ou da realidade;" , e era isso, era isso que eu estava a sentir....uma ausência de ser, de uma realidade. Porque tu, tu és a minha realidade.