sábado, 10 de dezembro de 2011

Reflection 17

E nós imaginamos cada passo que damos, e realizamos cada pensamento que nos ocorre, mas no fim é tudo em vão. E magoamos pessoas que não queríamos magoar, passamos por parvos em situações ridículas, erramos, caí-mos e voltamos a errar. Perdoamos coisas imperdoáveis, perdemos pessoas insubstituíveis, tentamos atingir coisas incalculáveis, e tudo gira assim, á volta de actos involuntários e de maneira alguma alteráveis. As águas agitam-se involuntariamente,  as rochas desmoronam-se por si próprias, os oceanos movimentam-se todas as horas e com eles levam vítimas, inconscientemente. O real por vezes torna-se o imaginário, já o imaginário nunca  se torna o real. Memórias trazem-nos o que foi com o vento, o passado agarra-nos e não temos maneira de escapar a isso. Vivemos na incerteza do que já foi vivido, e tentamos recompensá-la com o presente e ás vezes não é exactamente como pensamos que ia ser, são coisas da vida. Eu ergo-me perante as circunstâncias da vida, mas nem tudo é possível de suportar.

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