quarta-feira, 11 de abril de 2012

Explosão de emoções parte II

Ontem acordei e não sentia absolutamente nada, como se alguém tivesse arrancado tudo o que restava de sentimentos dentro de mim. Foram passando as horas e parecia que tudo à minha volta se resumia a nada, a um vazio. Algo estava estranho, não era eu, não eras tu, era a minha cabeça. O corpo estava lá, a alma também, faltava qualquer coisa, qualquer coisa que preenchia o  vazio que tinha nascido naquele preciso dia. O dia passou e tudo ficou igual, como se fosse natural tudo aquilo que eu não estava a sentir. Hoje foi diferente, acordei com tudo aquilo que ontem se perdeu nas memórias, era mais um dia estranho, o que é que se passava com a minha cabeça?! Seria eu, serias tu? estava tudo a andar ao contrário de mim, num dia um vazio no outro um preenchimento enorme, algo maior que eu, uma alma estranha...Todas as emoções decidiram vir ter comigo, todas as inseguranças, os medos, as memórias, recordações estavam presentes em mim, noutra forma inatingível. Eu só queria perceber o que se passava comigo, quem era eu, quem era a alma que estava dentro do meu corpo e porquê, porquê que me estava a sentir tão incompleta, tão insegura e tão desconfortável comigo mesma. A razão perdeu-se, a esperança teve um fim e o amor perdeu qualquer tipo de significado que tinha dentro de mim. "amor: Afeição profunda a outrem, a ponto de estabelecer um vínculo afectivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício. "  Tendo lido isto, continuo sem perceber se a explosão de emoções era isso, amor ou se simplesmente, não era nada.  Até que "nada: ausência, quer absoluta, quer relativa, do ser ou da realidade;" , e era isso, era isso que eu estava a sentir....uma ausência de ser, de uma realidade. Porque tu, tu és a minha realidade. 

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