sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Reflection 12

Sabes o mais ridículo disto tudo? É que consegues ocupar todo o meu espaço cá dentro. És casmurro, teimoso, ás vezes acho-te o pior de todos, mesmo sabendo que melhor não poderia ter. Hoje fizeste-me sentir coisas que nunca gostaria de sentir, sabes que vivo da liberdade e sentir-me presa é talvez das sensações mais humilhantes que já senti. Ás vezes é bom, para poderes ensinar-me, mas não sei como é que já não percebes-te que isso comigo nem sempre resulta. Deste-me a melhor infância de sempre, sei que hoje cuidas tu de mim e amanhã serei eu a cuidar de ti, mas amarrares-me com correntes não vai fazer com que eu não vá embora um dia. Isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, isso não é o melhor para mim, tu sabes disso. Viver presa, numa ilusão, numa completa tristeza emocional. Eu amo-te, a ti e a mais ninguém. Vivo na esperança de um dia amar tanto uma pessoa como te amo a ti, viver uma história de amor como tu vives-te (com os seus altos e baixos), fazer tudo por alguém, como fizeste por ela. Ser alguém na vida, como tu és para mim. Somos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes, eu necessito de sentir o vento na minha cara, o fresco da noite, o calor do dia, o som do silêncio, o silêncio dos pássaros, os murmuros da madrugada, o nascer e o deitar do sol. Tu dispensas isso tudo por um dia de trabalho para me manteres sempre bem na vida, mas isso não é razão de me quereres tornar como tu. Tu já sabes, que eu sou tu acima de tudo, mas não posso ser o que tu um dia querias que eu fosse, porque isso está completamente atrás do que eu já alcancei. Tu és o meu maior orgulho, mas não posso fazer do meu orgulho, a minha vida. 

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